GT2:
Lactação
Autor: João Maximiano
Escola de ciências médicas UNIFENAS-BH
1)
Fisiologia
da lactação
O
aumento dos níveis séricos de estrógeno e progesterona durante a gestação
proporcionará alterações relacionadas à lactação. Estes hormônios apresentam
atuação central, no hipotálamo e hipófise, e atuação nas mamas.
Estrógeno
A
nível central o estrógeno gera as seguintes repercussões:
·
Atua no hipotálamo inibindo os neurônios
tuberoinfundibulares dopaminérgicos e gabaérgicos responsáveis pela produção de
fatores inibidores de prolactina (PIF).
·
Atua na hipófise anterior estimulando a
secreção de prolactina (PRL) pelos lactotrófos.
Nas
mamas o estrógeno tem a seguinte atuação:
· Estimula
o crescimento dos ductos lactíferos.
· Inibe
a secreção verdadeira de leite
Progesterona
·
Estimula o desenvolvimento do sistema
lóbulo-alveolar
·
Inibe a secreção verdadeira de leite
Papel efetivo da PRL na lactação
A
PRL é produzida ao longo de toda a gravidez, muito em parte, pela estimulação
central do estrógeno. No entanto, sua atuação nas mamas é apagada pela inibição
da secreção verdadeira de leite pelo estrógeno e pela progesterona. Após o
nascimento, os níveis séricos destes hormônios sexuais tende a cair permitindo
uma atuação de fato efetiva pela PRL. A PRL irá então estimular as células
epiteliais secretoras de leite.
Vale
ressaltar ainda que ocorre uma queda nos níveis séricos de PRL logo após o
nascimento, todavia essa queda é compensada pelo início da mamada que envia
impulsos nervosos para o núcleo paraventricular hipotalâmico estimulando a
secreção de fatores liberadores de prolactina (PRH), que irão, por sua vez,
atuar nos lactotrófos induzindo a liberação de PRL.
Abaixo encontra-se um
esquema resumindo o que foi dito até o momento:
Setas
verdes: indicam estimulo
Setas
vermelhas: indicam inibição
Papel
efetivo da ocitocina na lactação
Quando o bebê suga, ele não recebe
virtualmente nenhum leite durante 30 segundos mais ou mens. Primeiro é preciso
que impulsos sensoriais sejam transmitidos através de nervos somáticos dos
mamilos para a medula espinal da mãe e então para o seu hipotálamo, onde
desencadeiam sinais neurais que levam a secreção de ocitocina pela
neurohipófise. A ocitocina é transportada pelo sangue até as mamas onde atuará
nas células mioepiteliais levando sua contração com conseguinte ejeção do
leite.
1) Benefícios do leite materno
Nos
últimos anos, o conhecimento sobre o papel do leite humano no desenvolvimento
neurocognitivo da criança, principalmente nos prematuros, e na prevenção de
doenças no adulto tem avançado muito. Face à importância da amamentação, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo
até os 6 meses de vida como melhor prática nutricional.
Benefícios para criança
A
amamentação proporciona maior vinculo mãe/filho, proteção contra doenças
infecciosas, menor incidência de alergias e reduzidas morbidade e mortalidade.
·
Diminui a severidade de doenças infecciosas
como meningite bacteriana, septicemia, diarreia, infecções respiratórias,
enterocolite necrosante, infecção urinária, otite média e sepse tardia em
leucemia.
·
Diminui a incidência de morte súbita do
lactente, de diabetes I e II, linfoma, leucemia, doença de Hodgkin, obesidade,
sobrepeso, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, dermatite atópica e asma.
·
Auxilia no controle da obesidade infantil e
adulta por conter leptina.
·
Relaciona-se com melhor desempenho em testes
cognitivos e com alívio da dor durante procedimentos. A ingestão de colostro,
por seu pequeno volume, diminui a sobrecarga dos rins ainda imaturos.
Benefícios para mãe
Representa
maior comodidade, atua como contraceptivo oral, leva ao emagrecimento mais
rápido, e reduz a incidência de câncer de mama e de útero.
·
Diminuição do sangramento pós-parto,
involução uterina mais rápida, diminuição da perda menstrual de sangue.
·
Efeito contraceptivo com maior intervalo
entre as gestações por conta d supressão da ovulação.
·
Ajudar a contralar a hipertensão e a
hipercolesterolemia na mãe
·
Reduz o risco de diabetes tipo I e II
·
Reduz o risco de câncer de mama, ovário e
útero.
·
Reduz o risco de doenças cardiovasculares.
Benefícios econômicos
·
Diminuição dos custos pessoais e públicos com
atenção à mulher
·
Diminuição de danos ambientais com
mamadeiras, bicos,latas etc.
·
Economia de tempo e energia despendidos para
armazenar preparar e guardar alimentos.
2)
Contraindicações
à amamentação
·
A mulher que apresentar o desejo de na
amamentar e, após ter sido aconselhada ainda mantiver este desejo deverá ser
respeitada. Nesse caso deve-se propiciar orientação adequada sobre amamentação
artificial.
·
Mães que apresentarem doenças renais,
cardíacas, pulmonares ou hepáticas graves.
·
Uso de drogas incompatíveis com a
amamentação.
·
Psicose e depressão pós-parto que não
respondem à terapêutica e que expõe risco à criança.
·
Portadoras de HIV, pois o mesmo pode ser
transmitido pelo leite. Para aquelas que quiserem amamentar, a pasteurização do
leite é uma opção considerada segura.
·
A suspensão temporária pode estar indicada
nas mastites acentuadas, com sofrimento para mão à sucção.
·
Considerações sobre tuberculose e hepatite B:
·
Mães portadoras de citomegalovirus (CMV)
antes do parto devem amamentar seu recém nascido a termo, pois o leite materno
transfere anticorpos específicos e outros fatores imunológicos, protegendo-o da
contaminação por outras vias. Porém os prematuros e os filhos de mães que se
tornam positivas para CMV durante a lactação podem desenvolver a doença. Nesses
casos, a pasteurização do leite humano inativa o vírus e o seu congelamento a –
20° C reduz a carga viral.
·
A toxoplasmose não contraindica a amamentação,
pois não é transmitida por essa via.
·
Recém-nascido pré-termo e de baixo peso que
não suga e não deglute sincronicamente deve ser alimentado com leite ordenhado
da própria mãe e, de preferência, cru. Pode ser dado por meio de sonda, copo ou
colher até o recém-nascido poder iniciar sucção direta.
·
Lábio leporino e fenda palatina: o sucesso
depende do rápido aprendizado da mãe, que deve fechar com o seio a fenda entre
a boca e o nariz da criança. A ordenha concomitante pode ajudar.
·
A galectosemia, um distúrbio hereditário que
envolve metabolismo da lactose, pode manifestar-se poucos dias após nascimento
por vômito diarreia, decorrente da ingestão de leite humano ou de vaca. Uma dieta sem lactose deve ser instituída
imediatamente.
1)
Leite
materno como alimento ideal ao RN
·
Tipos de proteína e lipídeos mais adequados à
criança e na quantidade correta.
·
Maior quantidade de lactose em relação ao
leite de vaca o que preencha as necessidades da criança.
·
Aminoácidos essenciais como a carnitina e
taurina.
·
Ácidos graxos insaturados de cadeia longa
necessários na mielinização cerebral.
·
Vitaminas em quantidade suficiente.
·
Ferro em quantidade suficiente.
·
Água em quantidade suficiente
·
Sais, Ca2+ e fosfato em quantidade
suficiente.
·
Leptina que auxilia no controle da obesidade.
Obs. Por
ser facilmente digerido e absorvido, a criança pode requisitar nova mamada em
tempo inferior se comparado ao aleitamento artificial.
2)
Proteção
contra infecções proporcionada pelo leite materno
Crianças
em aleitamento materno tem menos quadros infecciosos por que o leite materno é
estéril, isento de bactérias e contém fatores antiinfecciosos e
antiinflamatórios.
·
Anticorpos:
principalmente
IgA que inibe a aderência bacteriana, limita a penetração de antígenos e inibe
a quimiotaxia de neutrófilos.
·
Macrófagos
e neutrófilos: promovem fagocitose e morte de agentes
infecciosos.
·
Fator
bífido: facilita o crescimento de Lactobacillus bifidus, no intestino da criança, o que impede que
outras bactérias cresçam e causem diarreia.
·
Lactoferrina: se
junta ao ferro impedindo o crescimento de algumas bactérias patogênicas que
precisam desse elemento. Também inibe a reação de complemento.
·
Lisozima: inibe
a quimiotaxia e produção de radicais livres.
·
Lipases:
produzem
ácidos graxos livres que rompem os envelopes virais e lisam protozoários.
·
Agentes
antiinflamatórios: removem radicais livres, degradam histamina
e leucotrienos, neutralizam enzimas e impedem a aderência microbiana a
receptores.
·
Oligossacarídeos: bloqueiam
a aderência de bactérias à superfície mucosa.
3)
Composição
do colostro
·
Dobro de proteínas que o leite maduro
principalmente albumina e globulina.
·
Menor conteúdo de lactose e gorduras
·
Maior concentração de sais minerais e
vitaminas lipossolúveis (A, E, K). A vitamina A fornece a característica
amarelada do colostro. A mesma vitamina A mantém a integridade das mucosas,
protegendo contra infecções e absorção de proteínas estranhas.
·
Rico em fatores de crescimento que estimulam
o intestino imaturo da criança a se desenvolver, uma vez que, o prepara para
absorver e digerir o leite maduro e impede a absorção de proteínas não
digeridas.
Obs. Se a
criança recebe leite de vaca ou outro alimento antes do colostro, poderá
desenvolver alergias e lesar o intestino.
Obs2. O
colostro é laxativo e auxilia na eliminação do mecônio ajudando a evitar o
desenvolvimento de icterícia.
4) A composição do leite materno
Leite maduro
Em
uma ou duas semanas, o leite aumenta em quantidade e muda seu aspecto e
composição. Este é o leite maduro que contém todos os nutrientes de que precisa
para crescer. O leite materno maduro parece mais ralo que o leite de vaca, o
que faz com que muitas mães pensem que seu leite é fraco. É importante
esclarecer que esta aparência aguada é normal e que o leite materno fornece
água suficiente, mesmo em climas muito quentes.
Leite anterior: O
leite do começo surge no início da mamada. Parece acinzentado e aguado. É rico
em proteína, lactose, vitaminas, minerais e água. Sua produção associa-se à
PRL.
Leite posterior: Surge
ao final da mamada. Por conter mais gordura parece mais branco que o leite
anterior. Esta gordura torna o leite rico em energia. Fornece mais da metade da
energia do leite materno. Sua produção associa-se à ocitocina hormônio passível
de estimulação neurossensorial, podendo ser afetada por alterações emocionais.
Obs. É importante deixar
que a criança pare espontaneamente de mamar pois ela precisa tanto do leite
anterior quanto do posterior.
Obs2. A
alternância das mamas com intuito de evitar o ingurgitamento pode impedir que a
criança tenha acesso ao leite posterior sendo prejudicada.
Tabelas mostrando a constituição do leite
1)
O
aleitamento materno e os movimentos intestinais
O
número de evacuações de uma criança em aleitamento materno é muito variável, especialmente durante as
primeiras semanas. Ela pode deixar de evacuar durante alguns dias. Isto NÃO é obstipação.
Isto é um sinal de que leite materno é um alimento perfeito. Ele é quase que
totalmente absorvido pelo organismo de tal forma que sobra pouco resíduo.
Crianças
em aleitamento materno podem ter até 8 evacuações, frequentes e amolecidas, por
dia. Mas isto NÃO é diarreia. É importante saber reconhecer as diferenças entre
as fezes amolecidas de uma criança que recebe leite materno e as fezes líquidas
da diarréia. Não é comum crianças amamentadas apresentarem fezes endurecidas.
Muitas se contorcem para evacuar, mas isto é normal. Não significa que tenham
dificuldade para evacuar. A verdadeira obstipação com fezes endurecidas é muito
mais comum nas crianças em aleitamento artificial.
Obs. Durante a mamada
devido ao reflexo gastrocólico alguns lactentes podem evacuar constituindo uma
situação totalmente normal e sinal de bom funcionamento nervoso.
2)
Problemas
precoces para amamentar
a)
Ingurgitamento:
·
Conceito:
o
aumento do fluxo sanguíneo somado a produção de leite exarcebada pode levar ao
endurecimento das mamas com possível sensação dolorosa e até mesmo dificuldade
na ejeção do leite.
·
Profilaxia:
1) As mães devem amamentar no sistema de
livre demanda logo após o parto. 2) Verifique se a criança mama em boa posição
desde o primeiro dia. 3) Não dê outros alimentos antes das mamadas.
·
Tratamento:
deve-se
neste caso retirar o leite da mama por expressão normal reduzindo a quantidade
de leite retida e facilitando o fim de ingurgitamento. Se a criança não
conseguir mamar deve-se retirar o leite por expressão coloca-lo em um
recipiente e oferecer à criança. Caso a retirada do leite por expressão seja
muito dolorosa poderá optar-se por analgesia local.
·
Frase
comum da queixa: “Minhas
mamas estão muito cheias e dolorosas”
b)
Mamilos
dolorosos e fissuras
·
Conceito:
Normalmente
ocorre por trauma por posicionamento incorreto. Pode haver infecção por cândida
principalmente se a mãe e o bebê usaram antibióticos.
·
Conduta: manter
amamentação com posicionamento correto com boa pega previne dor. Banho de sol e
um pouco de leite no mamilo ao fim da mamada. Se a dor persistir pode haver
infecção por cândida que deve ser tratada por pessoas competentes.
c)
Mastite
·
Conceito:
inflamação
da mama pós-obstrução de ducto, estase de leite e infecção secundária.
·
Conduta:
manter
aleitamento ou expressão manual para drenagem. Analgesia. Ingestão de líquidos.
Massagem para drenagem de ductos. Se persistir administrar antibiótico.
d)
Mamilos
invertidos
·
Conceito:
mamilos
invertidos ou planos requerem habilidade para posicionar corretamente.
·
Conduta:
estimular amamentação. Uso de sutiã com orifício e tração. Orientar que o leite
é retirado da mama e na do mamilo.
e)
Redução
cirúrgica do seio
·
Conceito:
produção
de leite pode ser reduzida
·
Conduta: estimular
a amamentação e verificar se há leite suficiente, aspecto do seio, intervalo
das mamadas e ganho de peso.
3)
Sinais
indicativos que a criança está amamentando de forma adequada
Boa posição
|
Boa pega
|
Pescoço
ereto ou um pouco curvado sem estar distendido
|
Boca bem aberta
|
Corpo
da criança voltado para o corpo da mãe
|
Queixo tocando a mama
|
Barriga
do bebe encostada na da mãe
|
Lábio inferior virado para
fora
|
Todo
o corpo do bebê está sustentado
|
Há mais aréola visível acima que abaixo da
boca
|
Mãe
e bebe devem estar confortáveis
|
Ao amamentar a mãe não
sente dor no mamilo
|
UNIFENAS RESUMIDA
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ResponderExcluirDr. James é um verdadeiro fitoterapeuta que me curou do HIV, que contatei em fevereiro do ano passado, fiquei tão preocupado com o vírus dentro de mim, quando fui ao hospital e tive um resultado positivo, tomei diferente e ainda drogas injetáveis. Eu estava curado, até que conheci alguém que prestou um testemunho sobre como ela foi curada do HIV com a mistura de ervas do Dr. James. Achei que era mentira, mas despertei o interesse e contatei o Dr. James pelo e-mail dele, (drjamesherbalmix @ gmail.com) E contei a ele meu problema e ele me fez algumas perguntas e eu respondi então ele disse que não deveria me preocupe se isso me ajudaria e curaria meu HIV. Fiquei tão feliz.2 dias depois ele me enviou o curandeiro via serviço de entrega da DHL, comecei a usar o remédio de manhã e à noite, pois ele me prescreveu por 3 semanas, enquanto fazia meu check-up mensal, fiz teste de HIV negativo . Fiquei muito feliz e feliz por estar livre do HIV. Estou prestando esse testemunho porque sei como era difícil para mim dormir e pensar todos os dias. Como eu era HIV positivo, quase morri, mas esse grande homem, Dr. James, restaurou minha saúde. Eu sei que ainda há pessoas por aqui com HIV positivo ou qualquer tipo de doença como doença de Alzheimer, doença de Bechet, doença de Crohn, doença de Parkinson, câncer de pulmão, câncer de mama, câncer colorretal, câncer de sangue, câncer de próstata, epilepsia, doença de Dupuytren, diabetes , Doença cardíaca, Creutzfeldt - doença de Jakob, Angiopatia Amiloide Cerebral, Ataxia, Artrite, Esclerose Lateral Amiotrófica, Fibromialgia, Fluoroquinolona Toxicidade doença. Próstata aumentada, Osteoporose. Doença de Alzheimer,
ResponderExcluirDementia.Lupus.
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