domingo, 25 de março de 2012

HERANÇA POLIGÊNICA




GT6: Monozigóticos diferentes
1.    Herança poligênica: alterações proporcionadas por mudanças em um único par de genes, ou seja, herança mendeliana simples, são salvo algumas exceções, raras. Para a maioria dos casos os distúrbios são caracterizados pela atuação de diferentes genes e pela interferência de fatores ambientais. A esses distúrbios cuja herança é multifatorial dá-se o nome de distúrbios comuns ou complexos.
Em geral tais distúrbios podem ser subdivididos em: 1) apresentam no nascimento ou no início da infância e 2) os que ocorrem mais tarde na vida como é o caso do diabetes mellitus.
Neste padrão de herança as heranças oligogênica e poligênica confrontam a herança monogênica.
2.    Identificação de um distúrbio multifatorial: é necessário a aplicação de três diferentes estudos sendo eles: 1)estudos familiais, 2)Estudos de gêmeos e 3) Estudos de adoção.
Estudos familiais: consistem na identificação de famílias nas quais uma ou mais pessoas tem um determinado distúrbio, para então estudar a incidência em outros membros da família. O estudo deve ser realizado seguindo três etapas: 1) na primeira deverão ser identificadas pessoas afetadas, 2) na etapa seguinte é determinar as proporções dos parentes afetados, isso é obtido fracionando o resultado com base no grau de parentesco com o caso índice. Isso requer uma informação correta do numero de parentes e se são ou não afetados. 3) Na terceira etapa a incidência (ou risco de morbidade) é determinado para vários parentes. Isto pode ser citado Omo porcentagem ou risco relativo em relação ao risco da população geral.
Estudos de gêmeos: Neste caso é realizado um estudo da taxa de concordância em gêmeos. Gêmeos são concordantes quando ambos são afetados ou não, e são discordantes quando apenas um é afetado. Os gêmeos monozigóticos que correspondem a 1/3 de todos os gêmeos são geneticamente idênticos, pois provem de um mesmo zigoto podem ser diferentes caso ocorra uma mutação pós-zigótica ou não disjunção. Os dizigóticos, por sua vez, provem de zigotos diferentes compartilhando em média 50% dos genes entre si.  Pensando nisso fazemos as seguintes inferências: 1) se uma condição é exclusivamente genética, as taxas de concordância geralmente são de 100% em gêmeos monozigóticos e muito menores em dizigóticos, 2) Se uma condição for multifatorial será maior a taxa de concordância em monozigóticos, no entanto dificilmente chegará a 100% e 3) Se um distúrbio é exclusivamente de origem ambiental então as taxas de concordância em mono e dizigóticos serão praticamente iguais.
Estudos de adoção: o ideal seria estudar gêmeos monozigóticos separados após o nascimento, mas isso é difícil de se fazer. Portanto, utilizam-se de três estratégias para realizar estudos: 1)estudo da incidência do distúrbio em crianças que foram adotadas separadamente de seus genitores biológicos, 2) estudo da incidência do distúrbio em genitores biológicos e outros parentes de crianças adotadas e que desenvolveram a doença e, 3) comparação da incidência do distúrbio em crianças adotadas com genitores biológicos afetados e genitores adotivos não afetados, com a de crianças adotada que têm genitores biológicos não afetados e genitores adotivos afetados. Nesta ultima estratégia a maior incidência em crianças que desenvolvem a doença entre genitores adotivos afetados indica forte influencia do meio.
3.    Herança poligênica X oligogênica
Herança poligênica: características humanas relevantes são causadas pelos efeitos aditivos de um número variável de genes, conhecidos como poligenes, cada um dos quais faz uma pequena contribuição com o fenótipo geral.
Herança oligogênica: supõe que uma característica ou condição possa ser causada por genes em um numero relativamente pequeno de loci, e permite que os alelos de um lócus exerçam mais influencia que os em outro lócus. Esse modelo permite a existência do fenômeno de epistasia.
Herdabilidade: proporção da variância total causada pelos efeitos genéticos aditivos. A medida da herdabilidade de uma condição ou característica da uma indicação da amplitude com que os alelos em lócus diferentes contribuem para a variabilidade no fenótipo.
4.    Poligenes e herança ambiental – multifatorial
Objetivo de desenvolver o conceito de herança poligênica: 1) fornecer uma explicação de como os genes podem gerar um fenótipo contínuo, e 2) uma compreensão de como uma susceptibilidade subjacente a uma doença pode ser transmitida dentro de famílias.
Modelo de limiar propensão: de acordo com esse modelo a susceptibilidade subjacente à doença, que é conhecida como propensão e inclui tanto fatores genéticos e ambientais, é distribuída normalmente na população.  A direita no gráfico da curva de propensão é estabelecido um limiar onde a partir dele todas as pessoas serão afetadas. Observe o gráfico da pag 102 Young cap 6 e as observações sobre ele escritas abaixo.
-- Em parentes das pessoas afetadas a curva de propensão é desviada para direita, pois compartilham gene e ambiente, de modo que os riscos são aumentados.
-- Os riscos aumentam para os parentes mais próximos do afetado.
-- Os riscos são maiores se houver mais de uma pessoa afetada na família, o que indica que a família tem um numero incomumente grande de fatores adversos contribuindo para sua propensão.
-- Os riscos são maiores para parentes de pessoas mais gravemente afetadas. Estas pessoas ficam na extremidade da curva de propensão.
-- Se houver uma marcante diferença entre sexos, então os riscos serão maiores para as pessoas do sexo mais susceptível parentes de afetados do sexo menos susceptível.

                                                                   MAX

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