Colecistolitíase
João Lage
Definição:
a colecistolitíase ou
litíase biliar pode ser definida como a formação de cálculos na vesícula
biliar. Cálculo no ducto colédoco é denominado coledocolitíase. A vesícula é a
sede predominante dos cálculos biliares. A litíase dos canais biliares resulta,
geralmente, da migração a partir da vesícula. Menos frequentemente, os cálculos
podem se formar nos próprios canais, quando há infecção ou estase biliar.
Epidemiologia:
é condição altamente
prevalente nos países ocidentais onde 10 a 15% da população adulta abriga
cálculos no interior da vesícula. A seguir será apresentado os principais
fatores de risco para o desenvolvimento de cálculos biliares:
Hereditariedade
|
Aumenta com a idade
|
Sexo: é
mais prevalente no sexo feminino até a sétima ou oitava semana de vida depois
passa a ser igual em ambos os sexos
|
Hormônios
e paridade: a incidência aumenta com emprego de
hormônios sexuais e o número de gestações
|
Obesidade:
aumenta em pacientes obesos
|
Doença
de Crohn
|
Vagotomia
troncular
|
Alimentação
parenteral total prolongada
|
Cirrose
hepática
|
Diabetes
Melito: obesidade e hipertrigliceridemia. Neuropatia
anatômica causa redução da motilidade da vesícula biliar.
|
Medicamentos: fibratos,
gemfibrozil, colestiramina, ácido nicotínico e octreotide.
|
Álcool
|
Consumo aumentado de açúcar, gordura e
colesterol. Consumo reduzido de fibras
|
Hemólise
crônica
|
Fibrose
cística do pâncreas
|
Hipotireoidismo
|
Classificação:
divide os cálculos
biliares em dois tipos: 1) cálculos de colesterol e 2) pigmentares. Os
primeiros são de cor castanho-claro, polidos ou facetados, únicos ou múltiplos.
Representam 70 a 80% dos cálculos no mundo ocidental e, embora possam ser
puros, em sua maioria são do tipo misto, compostos por mais de 70% de
colesterol monoidratado, com quantidades variáveis de sais de cálcio, sais
biliares, ácidos graxos, proteínas e lipídios.
Os cálculos pigmentares contem menos
de 25% de colesterol podendo ser negro ou castanho. O principal componente é o
bilirrubinato de cálcio. Geralmente os cálculos negros são mais frequentes em
pacientes cirróticos ou com hemólise crônica e os castanhos associados a
infecção.
Composição da bile
·
Água
·
Eletrólitos
·
Bilirrubina
·
Colesterol
·
Sais
biliares
·
Fosfolipídios
|
Revisão da fisiologia da
secreção biliar
Uma das muitas funções do fígado é
secretar bile, normalmente entre 600 e 1000mL/dia. A bile serve para: 1)
emulsificar as grandes partículas de gordura dos alimentos facilitando a
atuação das lipases pancreáticas e 2) ajudam na absorção dos produtos finais da
digestão das gorduras através da mucosa intestinal e 3) serve como meio de
excreção de diversos produtos do sangue dentre eles a bilirrubina e excessos de
colesterol.
A bile é secretada pelo fígado em dois
estágios: 1) a solução inicial é secretada pelos hepatócitos contendo grande
quantidade de ácidos biliares, colesterol e outros constituintes orgânicos. É
secretada para os canalículos biliares que se originam entre as células
hepáticas. 2) em seguida, a bile flui nos canalículos em direção aos septos
interlobulares para desembocar nos ductos biliares terminais fluindo, então,
para ductos progressivamente maiores e chegando finalmente ao ducto hepático a
ao ducto biliar comum. Por eles, a bile flui pelo ducto colédoco até o duodeno
ou flui pelo ducto cístico sendo armazenada na vesícula biliar.
Nesse curso através dos ductos
biliares, uma segunda porção de secreção hepática é acrescentada à bile
inicial. Esta secreção adicional é uma secreção aquosa de íons sódio e
bicarbonato.
Na vesícula biliar ocorre uma
reabsorção ativa pela mucosa da vesícula de água, sódio, cloreto e outros
eletrólitos menores concentrando os constituintes restantes da bile que são os
sais biliares, colesterol, lecitina (fosfolipídios) e bilirrubina.
O principal estimulo para esvaziamento
da bile é a CCK especialmente liberada quando alimentos gordurosos chegam ao
duodeno cerca de 30 minutos após uma refeição.
Alem da CCK a vesícula biliar é
estimulada por estímulos vagais colinérgicos e do SNE.
Os sais biliares presentes na bile são
responsáveis por formas as micelas.
Circulação entero-hepática dos sais
biliares: cerca de 94% dos sais biliares são
reabsorvidos no sangue pelo intestino delgado; aproximadamente a metade da
reabsorção ocorre difusão através da mucosa e o restante por transporte ativo
no íleo distal.
A
quantidade diária de secreção de bile depende da quantidade de sais biliares
circulantes. Quanto maior a quantidade de sais biliares na circulação
êntero-hepática, maior a taxa de secreção de bile.
Fisiopatologia da
colecistolitíase
1) Litíase
de colesterol: compreende
três estágios principais: a) Supersaturação biliar com formação de bile
litogênica, b) nucleação do colesterol e c) crescimento dos cálculos.
a) Supersaturação
biliar com formação de bile litogênica: bile litogênica é aquela que contem excesso de colesterol
em relação aos sais biliares e fosfolipídios. Nesta situação a bile muda seu
estado físico deixando de ser uma substância homogênea, tornando-se um sistema
bifásico contendo colesterol cristalizado. Diversos mecanismos podem produzir
bile hipersaturada em colesterol,
podendo estes serem extra-hepáticos ou intra-hepáticos.
·
Intra-hepáticos: destacam-se dois mecanismos – 1) deficiência
de solvente (sais biliares e/ou fosfolipídios) que podem ocorrer nas seguintes
situações: a) hipersensibilidade do mecanismo de retroalimentação de sais
biliares ao nível do fígado, b) perda excessiva de sais biliares (patologias do
íleo terminal ou sua remoção), c) síntese deficiente de sais biliares e/ou
fosfolipídios. – 2) excesso de soluto (colesterol), sendo este considerado mais
importante, encontrado na obesidade, em indivíduos étnicos ou genéticos, dietas
hipercalóricas, dietas de redução de peso, dietas de redução de peso, dietas
ricos em colesterol, no uso de drogas, como a colestiramina, e em distúrbios
metabólicos, tais como hipertrigliceridemia e diabetes.
·
Extra-hepáticos: 1) circulação acelerada de sais
biliares e 2) distúrbios primários da vesícula, canais ou esfíncteres. Alem
destes mecanismos já conhecidos sabe-se o transito intestinal lento, associado
á hipomotilidade da vesícula poderia
aumentar a absorção de colesterol.
b) Nucleação
do colesterol: corresponde
ao processo pelo qual os cristais de colesterol monoidratado se formam e
aglomeram. Dependem de fatores pró e antinucleação. Fatores antinucleação
(apoliproteínas A1 e A2) impedem a formação de agregados. Estes fatores estão
diminuídos em pacientes com predisposição a colecistolitíase. O cálcio promove a fusão de vesículas ricas em
colesterol e acelera o crescimento dos cristais de colesterol.
c) Crescimento
dos cálculos: é
influenciado pela 1) estase biliar devido à hipomotilidade, 2) estratificação
da bile e 3) muco vesicular (mucina). A mucina tem o seguinte papel na
patogênese do cálculo: a) formando bolsões que retém os cristais, 2)as
moléculas de glicoproteína da mucina parecem formar um cimento intercristalino
que promove aderência entre os cristais e 3) devido a hipomotilidade o
conglomerado gel de mucina – conglomerado permanece por muito tempo na vesícula
permitindo a moldagem de cálculos grandes pela adição contínua de novos
cristais.
2) Litíase
pigmentar: os
cálculos pigmentares castanhos são maciços e sem formas definidas. Contem sais
de bilirrubina e outras substâncias. Predomina na litíase primária dos ductos
biliares, formando-se na vigência de infecção. Os cálculos negros associam-se
principalmente a: cirrose, doenças hemolíticas, alimentação parenteral
prolongada e após ressecção ileal. A sua patogenia varia de acordo com as
diferentes etiologias. As hiper-hemólises geram calculo por sobrecarregarem o fígado
de bilirrubina. Nos cirróticos seria decorrente da diminuição da capacidade de
transporte da bilirrubina pelo mecanismo micelar. A estase vesicular prolongada
explica os cálculos formados pela alimentação parenteral prolongada. E a
redução do pool de sais biliares,
secundária à interrupção de sua circulação êntero-hepática causada pela
ressecção ileal, justificaria a litíase nessa condição, isso por causa do
transporte micelar da bilirrubina.
Lama biliar: o
desenvolvimento da ultrassonografia permitiu o reconhecimento frequente de lama
biliar no interior da bile. É considerada precursora da litíase biliar, embora
nem sempre se desenvolvam cálculos macroscópicos em uma vesícula que contém
lama. A lama é uma mistura de muco, bilirrubinato de cálcio e cristais de
colesterol monoidratado.
Quadro
clínico da litíase biliar
1) Litíase
da vesícula biliar: a
litíase vesicular silenciosa constitui grande parte dos casos. Quando
sintomática o paciente pode relatar:
·
Discreta
dor epigástrica ou no quadrante superior direito
·
Geralmente
intermitente ou algumas vezes contínua.
·
Cólica biliar: dor intensa continua e, raramente, em
cólica, com períodos de exarcebações, localizada em epigástrio e hipocôndrio
direito, às vezes irradiando-se para região interescápulovertebral, podendo
também ser referida na região lateral do pescoço. É de inicio súbito,
aumentando de intensidade rapidamente. Se persistir por mais de 3h deve ser
considerado a possibilidade de colecistite aguda. Ocorre mais frequentemente à
noite. É frequente a presença de náuseas e vômitos
Diagnóstico de litíase biliar
A cólica biliar simples é tipicamente
associada a exames hematológicos normais.
Os métodos complementares são: 1)
radiológicos e 2) ultrassonográficos. Deve-se iniciar pela ultrassonografia e
na persistência da suspeita com este exame sem alteração, prossegue-se com a
colecistografia oral e prova motora. A radiografia simples de abdome pode identificar
cálculos radiopacos (contem cálcio sendo brancos ao raio X).
A calangiografia retrógada por via
endoscópica (CRE) constitui um meio sensível para diagnosticar litíase ductal.
Na ultrassonografia os cálculos
apresentam-se como imagens lineares ou esféricas, hiperecogênicas, com sombra
acústica posterior, independente de sua constituição bioquímica.
Pode-se ainda lançar mão da tomografia
computadorizada que apresenta sensibilidade em torno de 78 e 83%.
Tratamento
da litíase vesicular
a) Indicações:
·
Pacientes
com sintomas de dor biliar e cálculos
·
Pacientes
com doença biliar complicada
·
Vesícula
biliar em porcelana (parede da vesícula fica incrustada)
·
Pacientes
com vesícula funcionalmente excluída
·
Casos
selecionados de litíase assintomática: 1) paciente com expectativa de vida
superior a 30 ou 40 anos, 2) portador de múltiplos cálculos vesiculares menores
de 5mm, 3) indivíduos com alto índice de câncer de vesícula biliar, 4)
pacientes com cálculo e que viajarão para regiões em condições de assistência
médica
·
Pacientes
portadores de litíase dos canais biliares, sintomáticos ou não.
b) Métodos de tratamento:
·
Fragmentação: 1) litotripsia por ondas de choque
extracorpórea ou 2) litotripsia intra corpórea por contato.
·
Dissolução por medicação VO: recomendado para – 1) cálculos de
colesterol pouco numerosos e com diâmetro inferior a 5 a 10mm, 2) vesícula
funcionante, 3)ducto cístico pérvio, 4) pacientes magros e 5) cálculos que
boiam na bile. Os medicamento são:
Ø
Ácido quenodesoxicólico (AQDC): 750mg/dia
o
Colaterais: diarreia, hipercolesterolemia e lesão
hepática rara.
Ø
Ácido ursodesoxicólico (AUDC): 8 a
15mg/Kg/dia
Contraindicações:
cálculos
radiopáticos, vesícula não funcionante, colecistite aguda, colangite, calculose,
calculose do colédoco, doenças inflamatórias intestinais e insuficiência renal.
·
Dissolução por éter metiltertbutil
(EMTB) por cateter percutâneo: a
vesícula é puncionada por via percutânea transepática e posicionado cateter em
seu interior.
·
Colecistectomia: 1) colecistectomia aberta ou 2)
colecistectomia por videolaparoscopia.
Complicações
da litíase vesicular
Depois de um primeiro episódio de
cólica biliar, cerca de 70% dos doentes terão um episódio recorrente ou alguma
complicação.
2) Litíase
da via biliar principal: a
incidência gira em torno de 15 a 20%. Podem ser únicos ou múltiplos. Situam-se no
segmento retropancreático do colédoco e em 5% dos casos estão alojados na
ampola de Vater. A obstrução pode ocorrer sem infecção (colangite) caso ocorra
associada piora o prognóstico. As causas de obstrução sempre serão: 1) litíase
biliar, 2) estenose benigna ou 3) câncer.
a) Diagnóstico
Sinais e sintomas:
·
Dor
tipo cólica no epigástrio e/ou hipocôndrio direito
·
Icterícia
·
Febre
·
Calafrio
·
Dor
+ febre + calafrio + icterícia = colangite = tríade de Charcot
Geralmente a icterícia é
flutuante, uma vez que, o cálculo é uma obstrução móvel.
A febre e os calafrios
significam, portanto, passagem de bactérias dos canais para o sangue e pressão
elevada do ducto obstruído.
Exame físico
Ø
As
fezes do paciente geralmente são hipocólicas podendo chegar a ser acólicas.
Ø
Icterícia
Ø
Dor
à palpação do quadrante superior direito
Exames laboratoriais
Ø
Contagem
dos leucócitos aumentada com predomínio de polimorfonucleares
Ø
Bilirrubina
direta aumentada
Ø
Fosfatase
alcalina: aumenta
Ø
Gama
GT: aumenta
Ø
Transaminases:
aumentam
Ø
Hemocultura
Exames de imagem
Ø
Ultrassonografia:
dilatação ductal e cálculos
Ø
Calangiografia
retrógrada endoscópica (CRE): permite diagnóstico e até mesmo extração dos
cálculos durante o exame.
Ø
Ecoendoscopia
Ø
Tomografia
Ø
Colangiopancreatografia
com ressonância magnética.
b) Complicações:
colangite, abscessos
hepáticos, cirrose biliar secundária e pancreatite aguda.
c) Tratamento:
a presença de
cálculos ductais é indicação de tratamento mesmo na ausência de sintomas.
Ø
Os
doentes com colangite devem receber antibioticoterapia imediata mesmo antes do
resultado da hemocultura. Recomenda-se usar cefoxitina, 1 a 2 gramas de 6 em
6h. em casos mais graves pode-se usar quinolonas.
Ø
O
tratamento da litíase ductal é habitualmente simultâneo ao da litíase da
vesícula biliar, quer por operação aberta, quer por videolaparoscopia. O mais seguro a ser feito é realizar apenas a
colecistectomia e não realizar a coledocotomia simultânea deixando para tratar
os cálculos ductais neste caso com endoscopia pré e pós-operatória.
Ø
Pacientes
que apresentarem cálculos ductais meses ou anos após a colecistectomia também
serão mais bem manuseados por papilotomia endoscópica, com extração mecânica,
ou uso de sondas ultrassônicas.
Colecistites
A colecistite aguda é caracterizada
pela inflamação aguda da parede da vesícula biliar. O processo fisiológico
agudo pode instalar-se sobre uma vesícula cronicamente doente. As alterações
inflamatórias são variáveis compreendendo: edema, congestão, infiltração de
células inflamatórias até necrose, gangrena e perfuração.
Colecistite
aguda calculosa (CAC): é
uma complicação da litíase biliar e depende de obstrução do canal cístico por
um ou mais cálculos biliares.
a) Fisiopatologia:
a migração de
cálculos para o infundíbulo vesicular, para o cístico ou para o colédoco, pode
provocar uma obstrução. Ocorre então distensão da vesícula. Isto provoca: dor,
náusea e vômitos. Inflamação resulta de
três fatores: 1) mecânico, 2) químico e 3)infeccioso.
1)
Com
a obstrução do canal cístico, a bile torna-se hiperconcentrada em sais biliares
e colesterol, causando irritação química da mucosa com formação de edema.
2)
A
lesão da mucosa libera enzimas intracelulares, que, por sua vez, ativam
mediadores da inflamação. Ocorre um aumento da produção de PGL levando a
diminuição da produção de muco pela mucosa, levando a espessamento da parede
vesicular, aumento da pressão intraluminar e compressão dos vasos sanguíneos e
linfáticos.
3)
Ocorre
intensa congestão venosa intensa e insuficiência arterial o que contribuirá
para a formação de necrose.
4)
Inicialmente
o processo é estéril e com a persistência da obstrução ocorre invasão
bacteriana.
O exame histopatológico
evidencia quatro fases evolutivas:
1)
Fase
aguda: edema maciço de parede, com hemorragia e necrose da mucosa e inicio da
migração de fibroblastos.
2)
Subaguda:
infiltração leucocitária pronunciada, regressão do edema e maior proliferação
de fibroblastos elem de necrose e abscessos intramurais
3)
Fase
subcrônica: substituição de leucócitos polimorfonucleares por linfócitos e
células plasmáticas. Aparecem eosinófilos e lesões granulomatosas na parede.
4)
Fase
crônica: mucosa torna-se fina e sem vilosidades. Acentuada fibrose.
Diagnóstico
A colecistite aguda inicia
principalmente após os 40 anos e 75% dos pacientes referem ter tido dor do tipo
biliar anteriormente.
Sintomas
Ø
Dor
abdominal aguda contínua no epigástrio ou quadrante superior direito podendo
simular uma cólica biliar porem com duração superior a 3h.
Ø
Náuseas
e vômitos
Ø
Temperatura
eleva-se até 38,5°C
Ø
FC
acelera moderadamente
Ø
Sinal
de Murphy quando o doente respira profundamente durante a palpação da área
subcostal sente dor que o obriga a interromper a inspiração.
Ø
Pode
palpar-se uma vesícula distendida, arredondada e lisa
Ø
Icterícia
discreta e fugaz. Quando se acentua tem que se pensar em litíase do colédoco.
Ø
Pode
ocorrer a síndrome de Mirizzi: caracterizada por colecistite e icterícia.
Decorre de um ou dois cálculos impactados no ducto cístico ou infundíbulo que
comprimem o colédoco ou canal hepático
Exames laboratoriais
Ø
Hemograma
com contagem global e diferencial
Ø
Eletrólitos
Ø
Transaminases
Ø
Fosfatase
alcalina
Ø
Tempo
de protombina
Exames de imagem
Ø
Ultrassonografia
(sinal de Murphy ultrassonográfico deve ser investigado apresentando alta
sensibilidade para a colecistite)
Ø
Radiografia
de abdome
Ø
Cintigrafia
hepatobiliar
Complicações
da colecistite
Ø
Necrose
Ø
Perfuração
da parede vesicular
Tratamento
O tratamento da colecistite aguda é
cirúrgico. Entretanto deve ser precedido de terapêutica clínica, cuja duração
depende da gravidade das lesões, do estado geral do paciente e da escolha do
momento oportuno para intervir.
Icterícia
Definição:
é a cor amarela da
pele, mucosa e dos líquidos corporais, devido ao aumento da bilirrubina sérica
acima dos valores de referência, tornando-se evidente quando esses níveis
excedem 2 a 3mg/dl.
Mecanismos
responsáveis pela hiperbilirrubinemia
Ø
Pré-hepáticos: ocorrem antes da entrada do pigmento
nos hepatócitos, com aumento predominante de BI. Incluem-se neste grupo:
distúrbios hemolíticos, defeitos de captação e competição ao nível dos
receptores da membrana e defeitos no transporte.
Ø
Hepáticos: devido em razão de alterações
intracelulares que afetam principalmente
a conjugação, com aumento da BI e BD predominando a BD.
Ø
Pós-hepáticos: compreendem os distúrbios na excreção
de bilirrubina, com aumento predominante de BD.
Classificação
das icterícias
1) Icterícia
com hiperbilirrubinemia não conjugada: incluem neste grupo icterícia hemolítica e outras devidas
a distúrbios de captação, transporte e conjugação.
2) Icterícia
com hiperbilirrubinemia conjugada:
neste grupo incluem e icterícia colestática, as síndromes de Dubin-Johnson e
Rotor e a icterícia hepatocelular.
Icterícia
com hiperbilirrubinemia não conjugada
Icterícia
com hiperbilirrubinemia conjugada
Ø
Colestática: devido a parada ou diminuição do
fluxo biliar, desde sua origem no hepatócito até o duodeno. Pode ser dividida
em obstrutiva – intra ou extra hepática – e não-obstrutiva que é sempre
intra-hepática.
a manter o site funcionando faça uma doação de qualquer valor pelo ícone a seguir
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comenta ai vai!!