Distúrbios funcionais
Dispepsia
funcional (DF)
Definição:
é definida pela
presença de dor e/ou desconforto, persistente ou recorrente, localizada na
região central e superior do abdome (epigástrio), na ausência de anormalidades
estruturais ou irregularidades metabólicas e bioquímicas que justifiquem a
sintomatologia.
Epidemiologia:
tem sido relatado que
cerca de 20 a 40% da população geral apresenta alguma queixa dispéptica.
Constitui 3 a 5% das queixas ambulatoriais da clínica geral e 20 a 40% na
gastroenterologia. Os sintomas dispépticos podem surgir em qualquer idade e são
mais comuns no sexo feminino. Os principais itens que levam o paciente a
procurar ajuda são: 1)a intensidade da dor ou desconforto e 2) ansiedade (medo
de ser algo mais grave).
Afeta de forma significativa a
qualidade de vida do paciente repercutindo nas relações pessoais, sociais e
laborais, ocasionando alterações no sono, atividade sexual e psicológicas no
paciente.
Critérios
diagnósticos (Consenso ROMA III)
·
Queixas
dispépticas durante os últimos 3 meses e que se iniciaram, no mínimo, 6 meses
antes.
·
É
fundamental a presença de um ou mais dos seguintes sintomas: 1) empachamento
pós-prandial, 2) saciedade precoce, 3) dor epigástrica e 4) queimação gástrica.
·
É
fundamental a ausência de lesões estruturais (incluindo realização de EDA), que
possam justificar os sintomas.
Classificação
da dispepsia funcional (ROMA III)
1)
Síndrome do desconforto pós-prandial
(sintomas desencadeados pelas refeições)
É
fundamental a presença de pelo menos um dos critérios seguintes:
·
Empachamento
pós-prandial, que acontece necessariamente após as refeições habituais,
ocorrendo varias vezes por semana, nos últimos 3 meses.
·
Saciedade
precoce, que impossibilita o térmico normal das refeições, ocorrendo varias
vezes por semana, nos últimos 3 meses.
Fatores
que reforçam o diagnóstico: distensão do abdome superior, náuseas pós-prandiais
ou eructação, a Síndrome da dor epigástrica pode coexistir.
2) Síndrome
da dor epigástrica (sintomas de dor ou queimação epigástrica)
É
fundamental a presença de todos os critérios seguintes:
·
Dor
ou queimação localizada no epigástrio, pelo menos moderada e que ocorre no mínimo
1 vez por semana nos últimos 3 meses
·
Dor
intermitente
·
Dor
não generalizada ou localizada em outras regiões do abdome ou tórax
·
Dor
não aliviada pela defecação ou eliminação de flatos
·
As
características da dor não preenchem critérios para o diagnóstico de distúrbios
funcionais da vesícula biliar ou esfíncter de Oddi.
Outros
sintomas que, se presentes, reforçam o diagnóstico: a dor pode ser em queimação,
mas sem irradiação retroesternal, a dor é comumente induzida ou aliviada pela
ingestão de alimentos, podendo, porém, ocorrer em jejum, a síndrome do
desconforto pós-prandial pode coexistir.
Fisiopatologia:
a fisiopatologia
permanece desconhecida. Vários fatores etiológicos são considerados como
hipersecreção ácida, alterações da motilidade gastroduodenal, da sensibilidade
visceral, da acomodação gástrica, fatores psicossociais, alem de gastrite
associada a helicobacter pylori.
Atualmente acredita-se que uma combinação de fatores fisiológicos e
psicossociais seja responsável pelo quadro clínico.
Tabagismo, etilismo e AINE´s não são
considerados fatores de risco para dispepsia funcional contudo, pacientes
tratados com AINE´s apresentam maior probabilidade de desenvolverem sintomas.
Dieta: apesar de que muitos pacientes relatem
que determinados alimentos, especialmente os gordurosos, as frutas cítricas,
condimentos, café e álcool, promovem o aparecimento de seus sintomas, porem existem
poucas evidências de que esses alimentos possam sempre originar os sintomas
dispépticos. Nos casos refratários é importante avaliar a possibilidade de
intolerância à lactose e ao glúten (doença celíaca ou simples intolerância ao
glúten), especialmente em pacientes com sintomatologia agravada pela
alimentação.
Secreção gástrica de ácido: tem sido demonstrada a inexistência de
relação causal primária entre a secreção gástrica de ácido e a DF. A secreção
de ácido é normal nos dispépticos funcionais.
Estudos sugerem, no entanto que estes pacientes apresentam uma
hipersensibilidade a infusões ácidas, o que é corroborado diante da melhora
após uso de antiácido e antissecretores.
Motilidade gastroduodenal: existem algumas evidências da
contribuição de distúrbios motores para o desenvolvimento de DF. O retardo no
esvaziamento gástrico é o distúrbio mais estudado. Porem, mais estudos devem
ser realizados com intuito de descobrir se estes pacientes poderiam se
beneficiar com drogas procinéticas.
Atividade mioelétrica:
as disritmias
gástricas representas por bradigastria, taquigastria ou associação dos dois
(braditaqui) tem sido descritas em um pequeno grupo de pacientes portadores de
DF. Alguns estudos sugerem que essas anormalidade possam proceder o início da
dispepsia.
Hiperalgesia visceral e alodinia: muitos pacientes com DF parecem
possuir um limiar reduzido para dor ou respondem a estímulos dolorosos co maior intensidade ou duração (hiperalgesia) outras
vezes , a dor ou desconforto é produzido por estímulos que normalmente não
induzem tais sintomas (alodinia).
Gastrite crônica e H. pylori: Resultados de metanálise sugerem um
pequeno benefício (4 a 14% ou 1 a cada 16) com a erradicação da bactéria em
paciente infeccionados. A infecção é mais comum é mais
prevalente entre os dispépticos tipo úlcera do que aqueles do tipo
dismotilidade ou inespecífica. A erradicação do H. pylori está associada a redução a longo prazo do risco de
evolução para úlcera péptica, atrofia e Ca gástrico. Pensando nisso, o ROMA III
recomenda a erradicação do H. pylori nos
pacientes com DF.
Acomodação: o esvaziamento gástrico é regulado
basicamente por dois compartimentos do estômago, distintos fisiologicamente.
O estômago proximal acomoda os
alimentos e regula a transferência para o estômago distal que fará a trituração
do alimento.
Estudiosos tem tentado determinar se
uma alteração na acomodação gástrica, ou seja, a má distribuição dos alimentos
no estomago proximal, poderia levar ao aparecimento de sintomas dispépticos.
Erosões pré-pilóricas e duodenite
crônica: as
erosões pré-pilóricas que podem ser observadas na endoscopia de pacientes com
dispepsia crônica tem sua etiopatogenia muito controvertida.
É contraditória também, a
possibilidade de a duodenite levar a sintomas dispépticos.
Fatores psicossociais: os fatores psicológicos também são
considerados relevantes nesses pacientes. Diagnóstico de ansiedade e depressão
são comuns em pacientes com DF.
Fatores emocionais podem gerar: 1)
hiperfunção gástrica com aumento da secreção, da motilidade e fluxo sanguíneo
diante de períodos de ressentimento e hostilidade ou 2) hipofunção gástrica com
redução da secreção, motilidade e fluxo sanguíneo quando tem-se sentimentos de
medo, frustração e depressão.
Evidencias sugerem que estes pacientes
portadores de DF acham-se descontentes com o trabalho, com a qualidade de
habitação.
Avaliação
clínica e propedêutica
O diagnóstico é fundamentalmente
clínico baseando-se nos critérios de Roma III. É essencial realizar história clínica
e exame físico minucioso, pois servirão como guia ao clínico para inclusão ou
exclusão do diagnóstico.
A propedêutica complementar deve ser
realizada de forma individualizada e em alguns casos está indicado um teste
terapêutico antes de iniciar a investigação diagnóstica.
O comitê Roma III sugere que a
abordagem dos pacientes dispépticos seja separada em dois grupos: 1) aqueles
com dispepsia não investigada e 2) aqueles com diagnóstico sugestivo de DF.
Dispepsia não investigada
·
Avaliação
da presença de sintomas de alarme (emagrecimento, vômitos, disfagia
progressiva, presença de sangramento e icterícia). A presença destes implica a
imediata investigação para exclusão de doenças orgânicas.
·
Exclusão
do uso de AINE/AAS
·
Na
presença de sintomas típicos de refluxo, o diagnóstico provisório deverá ser
DRGE. Neste caso incia-se um tratamento empírico com IBP. Caso haja
persistência dos sintomas DGRE será pouco provável.
·
Em
pacientes jovens sem sinais de alarme realizar testes não invasivos na detecção
de H. pylori e se presente iniciar
tratamento de erradicação sob o pretexto de evitar doenças gastrointestinais
futuras, porem apenas 1 em 16 pacientes se beneficiarão do tratamento na DF.
·
Pacientes
> 40 anos e/ou com sinais de alarme realizar EDA.
É importante ressaltar que
em nosso meio devemos sempre solicitar exame parasitológico de fezes para
descartar estrongiloidíase e giardíase, causa frequente de sintomas dispépticos
entre nós. É preciso no mínimo três amostras sendo o método de Baermann-Moraes
indicado.
Pacientes com diagnóstico de DF
O Roma III não definiu nenhuma
estratégia investigatória de rotina para pacientes com diagnóstico de DF. A
ultrassonografia só deve ser realizada em caso de suspeita de doença
pancreática ou de via biliar.
Tratamento
É importante que seja esclarecido ao
paciente que seus sintomas são decorrentes de distúrbios funcionais e não caracterizam
nenhuma doença grave ou risco de vida, assegurando-lhes que o problema será
tratado de forma interessada e racional.
Muitos pacientes obtêm melhora com
simples mudanças em seu estilo de vida e adoção de hábitos salutares em seu
cotidiano como dieta saudável, prática de exercícios físicos e de relaxamento.
Sempre devemos recomendar hábitos saudáveis como cessação do tabagismo e
etilismo, café alimentos ácidos, condimentos e gorduras.
A psicoterapia está indicada em
pacientes com labilidade emocional, estresse e depressão.
O tratamento medicamentoso disponível
visa principalmente aliviar o sintoma predominante, e a estratégia terapêutica
vai depender basicamente da natureza e intensidade da sintomatologia, do grau
de comprometimento funcional e dos fatores psicossociais envolvidos.
Para o tratamento clássico da DF,
podem ser utilizados diversos medicamentos, destacando-se entre eles
antiácidos, drogas antissecretoras, procinéticos, antibióticos para erradicação
do H. pylori, ansiolíticos e
antidepressivos.
O Roma III sugere que os BH2 e IBP
sejam os medicamentos de primeira escolha para dor epigástrica e os
procinéticos (domperidona, metoclopramida e bromoprida) para aqueles com
desconforto pós-prandial.
Um seleto grupo de pacientes com
queixa de saciedade precoce, os medicamentos que relaxam o fundo gástrico podem
ser prescritos (agonistas dos receptores 5-HT4).
Pode-se utilizar antidepressivos
tricíclicos (amitriptlina, desipramina e imipramina) e aqueles que atuam na
inibição da recaptação de serotonina (fluoxetina, paroxetina, sertralina).
Estes medicamentos tem ação analgésica central, sendo capazes de bloquear a
transmissão da dor do trato digestivo para o cérebro.
O tratamento psicológico (hipnose,
psicoterapia e TCC) e/ou as terapias alternativas (ervas chinesas, japonesas e
indianas, acupuntura e probióticos) devem ser considerados para pacientes com
sintomas mais graves e que não respondem ao tratamento convencional.
Síndrome do intestino irritável (SII)
Definição:
é um distúrbio
funcional do trata digestivo para o qual não se demonstrou, até o momento
qualquer alteração metabólica, bioquímica ou estrutural de víscera
expressando-se através da acentuação, inibição ou simplesmente modificação da
função intestinal. Tem evolução crônica e clinicamente manifesta-se por dor ou desconforto abdominal, associado à
alteração do hábito intestinal – constipação intestinal, diarreia ou
alternância de uma ou outra. Outros sintomas frequentes são muco nas fezes,
urgência retal, distensão abdominal e flatulência.
Epidemiologia:
acomete entre 10 e
20% da população, com predomínio do sexo feminino. Ocorre mais comumente em
grupos etários jovens (15 a 44 anos). É responsável, segundo alguns autores,
por mais da metade dos atendimentos na gastroenterologia.
Critérios
diagnósticos (consenso Roma III)
1) Sintomas iniciados a pelo menos 6
meses
2) Sintomas presentes, no mínimo, 3 dias
por mês nos últimos 3 meses;
3) Dor e/ou desconforto abdominal baixo,
contínuos ou recorrentes, que apresentam pelos menos 2 das 3 seguintes
características:
a) Alívio dos sintomas com as evacuações
b) Início do quadro associado a alteração
na frequência das evacuações.
c) Início do quadro associado a alteração
na forma das fezes.
·
Sintomas
que reforçam o diagnóstico:
Ø
Frequência
da evacuação anormal (≤ 3 evacuações/semana ou > 3 evacuações/dia)
Ø
Formato
anormal das fezes (fragmentadas, duras, pastosas e líquidas)
Ø
Dificuldade
para evacuar
Ø
Urgência
evacuatória ou sensação de evacuação incompleta
Ø
Muco
nas fezes
Ø
Distensão
abdominal.
Classificação
dos pacientes com SII (Roma III)
·
SII-C – síndrome do intestino irritável com
constipação
·
SII-D – síndrome do intestino irritável com
diarreia
·
SII-M - síndrome do intestino irritável mista
·
SII-I - síndrome do intestino irritável
indeterminada
Portanto, o diagnóstico é
fundamentalmente clínico, baseando-se nos critérios Roma III descritos
anteriormente, e grande parte dos pacientes não necessita de qualquer
propedêutica complementar. É necessário realizar história clínica e exame
físico minucioso. Sinais de alarme devem ser investigados (idade acima de 50 anos,
emagrecimento, anemia, sangramento, mudança no calibre das fezes, massa
palpável, início recente dos sintomas).
A colonoscopia deve sempre ser
realizada quando houver suspeita de neoplasia ou doença inflamatória e em
pacientes maiores de 50 anos. Deve ser afastada a possibilidade de doença
celíaca e intolerância à lactose nos casos em que houver suspeita clínica.
Importante avaliar a presença de
fatores psicológicos, ambientais e dietéticos e uso de medicamentos que
interferem na frequência evacuatória.
No nosso meio devemos pesquisar a
presença de parasitoses intestinais, em especial amebíase e giardíase, que
podem algumas vezes simular o quadro de SII, especialmente em pacientes com a
forma diarreica ou mista.
Principais
considerações na investigação diagnóstica da SII
|
Diagnóstico
basicamente clínico respeitando o Roma III
|
Verificar
a presença de sinais de alarme
|
Realizar
colonoscopia em caso de: suspeita de neoplasia, doença inflamatória e/ou
> 50 anos
|
Afastar
doença celíaca ou intolerância a lactose
|
Verificar
fatores: ambientais, psicológicos e dietéticos alem do uso de medicamentos
que interferem na frequência evacuatória
|
Pesquisar
parasitoses intestinais principalmente amebíase e giardíase
|
Fisiopatologia
O modelo fisiopatológico proposto
pelos especialistas do consenso Roma III sugere que os sintomas sejam
entendidos dentro de um pluralismo fisiológico:
·
Distúrbios
motores
·
Aumento
das sensibilidade visceral
·
Alterações
das conexões do SNC com o intestino (SNE)
·
Eventos
socioculturais e influencias psicossociais
Alterações da regulação das conexões
do SNC com o SNE sugere que centros neurais superiores regulem a atividade
motora e sensorial gastrintestinal, e vice e versa. Acredita-se que o SNC
funciona como um filtro da percepção dos sinais periféricos aferentes, variando
o limite de percepção visceral de acordo co
o estado emocional e cognitivo. Enquanto que o estresse e ansiedade
podem aumentar a dor, o relaxamento poderá diminuí-la.
Alem do SNC, mediadores humorais podem
ativar o SNE. Dentre eles, proteína receptora do gene da calcitonina,
substância P, VIP, NO, acetilcolina e serotonina.
Estímulos imunológicos e inflamatórios
estão associados às alterações neuropáticas relatadas na fisiopatologia da
síndrome e justificam o conceito da SII pós infecciosa (SII-PI).
Gastrenterite
aguda e a SII-PI
Pacientes com SII-PI diferem daqueles
com SII não infecciosa pela presença de marcadores de inflamação crônica e de infecção
intestinal aguda, disbiose e supercrescimento bacteriano no intestino delgado.
Pacientes infectados por Campylobacter jejuni apresentaram
aumento de células inflamatórias e de células enterocromáfins e de linfócitos.
Ocorre também aumento dos níveis plasmáticos pós-prandiais de serotonina.
Sabendo-se que a serotonina desempenha importante papel na regulação da
motilidade digestiva na percepção visceral, sua liberação aumentada poderia
contribuir para os sintomas pós-prandiais.
A infecção aguda pode provocar a
liberação de citocinas intestinais capazes de aumentar a permeabilidade capilar
intestinal e a secreção de eletrólitos pela mucosa. Os prováveis mediadores
seriam interleucinas, interferon, PGL e fator de necrose tumoral. Como
resultado teríamos sensibilização de vias aferentes sensoriais, aumento da
atividade propulsiva e secreção de água e eletrólitos para o lúmen intestinal.
A diminuição da secreção de ácido
gástrico e a presença de alteração da motilidade intestinal levam ao
supercrescimento bacteriano no intestino delgado.
O supercrescimento bacteriano leva a
redução das células intersticiais de Cajal, o que poderia explicar o
desenvolvimento da SII-PI. O aumento da população bacteriana pode ser explicado
por: 1)aumento na produção de gás ao longo do intestino, 2) distúrbios na
motilidade do intestino delgado, 3)alterações no metabolismo da serotonina e
4)produção de citocinas e desequilíbrio entre as que são inflamatórias e as
anti-inflamatórias.
Tratamento
O tratamento é desafiante e deve ser
individualizado. A utilização de medicamentos está indicada apenas em períodos
sintomáticos. É importante esclarecer ao paciente que ele sofre de um distúrbio
funcional que não caracteriza nenhuma doença grave que representa risco a sua
vida.
Nenhuma dieta específica é recomendada,
mas é importante respeitar as intolerâncias individuais de cada paciente.
Sabidamente a dieta deve evitar
alimentos produtores de gás, principalmente naqueles pacientes que queixam-se de
flatulência e distensão abdominal.
Recomendado
|
Não
recomendado
|
Fibras
(sem excesso)
|
Feijão
(casca)
|
Líquidos
|
Repolho
|
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
|
Couve
flor
|
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
|
Cebola
crua
|
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
|
Uva
|
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
|
Ameixa
|
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
|
Verificar
intolerância a glúten e lactose
|
Alguns pacientes podem ter melhora
praticando técnicas de relaxamento e exercícios físicos diários.
Tratamento
medicamentoso sintomático
|
|
Sintoma
|
Medicamento
|
Diarreia
|
Antidiarréicos/colestiramina/alosetron/cilasetron
|
Constipação
|
Laxativos/Lubiprostone/tegaserode
|
Dor
|
Antiespasmódicos
·
Bloqueadores
de canais de Ca2+(brometo de pinavério e de otilônio)
·
Derivados
da papaverina
·
Relaxantes
musculares
·
Derivados
opióides (trimebutina)
·
Óleo
de menta
Antidepressivos
·
Tricíclicos
·
Inibidores
seletivos da recaptação de serotonina
|
Alguns estudos tem demonstrado que até
75% dos pacientes podem melhorar os sintomas com antibioticoterapia de modo
especial nos pacientes que apresentam supercrescimento bacteriano intestinal associado.
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