domingo, 7 de julho de 2013

FA

,


Fibrilação atrial

Fibrilação atrial
Definição: ocorre devido a vários focos de fibrose no átrio que começam a despolarizar em um ritmo superior ao ritmo sinusal. O paciente, portanto, não terá um ritmo sinusal.
Etiologia: a principal causa de FA são as doenças da válvula mitral (insuficiência e estenose). A segunda causa é o envelhecimento, por conta da HAS, DM, diminuição da complacência ventricular. Doenças miocárdicas que levem a IC podem levar à FA. Doenças tireoidianas também são comuns desencadeadores da FA.
Anamnese: o principal sintoma de fibrilação atrial é a palpitação que deve ser caracterizada quanto a: início e/ou término súbito, fatores desencadeantes (esforço físico e estresse emocional), sintomas associados (pré-síncopes, síncopes, precordialgia, dispnéia, fadiga dentre outros. Também é fundamental obter a história pessoal pregressa do paciente no que diz respeito a procedimentos cirúrgicos prévios, patologias cardíacas como Chagas, coronariopatia, cardiopatias congênitas. O uso de drogas e medicamentos também devem ser perguntadas. A história familiar também é de grande relevância principalmente em casos de doenças cardíacas com fatores genéticos importantes como doença coronariana em familiares jovens, cardiomiopatia hipertrófica, displasia arritmogênica do VD, síndrome de Brugada dentre outros. Outro dado de extrema relevância é o histórico de morte súbita em familiares jovens.
Exame físico: podem ser encontrados sinais de congestão pulmonar, hipotensão importante, ausência de pulsos periféricos e FC extremamente elevada. Na ausculta cardíaca existe a possibilidade de detectar sopros e 3° bulha, que sugerem cardiopatia estrutural, e detecção de um ritmo irregular de extrassístoles.
Exames complementares: 1) ECG, 2) TSH e T4, 3) Na+, K+, Mg2+,4) Ecocardiograma, 5) exames de risco cardiovascular.
Investigação essencial
1)    TSH e T4: disfunções tireoidianas, principalmente hipertireoidismo, constituem importantes etiologia de FA.
2)    Exames de risco cardiovascular: Colesterol total e frações, glicemia de jejum, triglicérides, creatinina sérica, potássio plasmático.
3)    Ecocardiograma: mandatório na investigação de FA.
4)    ECG: Características: ausência de onda P, sendo visíveis como oscilações com forma, amplitude e frequência variáveis (ondas f), com frequência normalmente é entre 350 a 600, e associado a RR irregular.


Classificação de FA: existem várias classificações para FA. Citaremos aqui a classificação etiológica e a classificação pelo padrão temporal. A classificação etiológica leva em consideração se a FA é primária ou secundária. A classificação conforme o padrão temporal leva em consideração se a FA é aguda ou crônica. Quando crônica poderá ainda ser subdividida em três categorias: persistente, paroxística e permanente.



·         Paroxística: episódios com duração de até 7 dias revertendo para ritmo sinusal após este período.
·         Persistente: episódios com duração superior a 7 dias. Neste caso a reversão exige cardioversão elétrica ou farmacológica
·         Permanente: FA documentada a algum tempo em que a CVE e farmacológica são ineficazes ou o paciente não aceita a CVE ou FA que recorra até 24h após CVE otimizada.
Escores para calcular risco tromboembólico: para tratar adequadamente um paciente com FA crônica é necessário identificar se o paciente apresenta um risco para fenômenos tromboembólicos: baixo, intermediário ou alto. Para isso, criou-se alguns escores que serão apresentados a seguir:



O CHA2DS-VASc é superior para calcular o risco é deve ser utilizado em detrimento do CHADS2. Feito a soma dos pontos a interpretação deverá ser a seguinte:
0
Baixo risco
AAS
1
Risco intermediário
AAS ou Warfarina
2
Alto risco
Warfarina

Alguns pacientes anticoagulados, no entanto, possuem grande risco de hemorragia. Para isso, criou-se um outro escore que calcula o risco de sangramento do paciente: HAS-BLED. Cada fator de risco vale 1 ponto:










Nenhum comentário:

Postar um comentário

comenta ai vai!!